O romance ‘Tempo primo’ acompanha a trajetória de uma professora de literatura que, após um acontecimento decisivo, tem a sua rotina transformada e vive um encontro capaz de reabrir caminhos para a memória, a arte e o renascimento.
Nesta quinta-feira, dia 4 de dezembro, a Embaixada da Itália em Brasília apresentou o romance em italiano Tempo primo (Efesto Edizioni, 2025), da escritora Chiara Gentile. O lançamento foi aberto pelo Embaixador Alessandro Cortese, que destacou: “Este evento reforça o compromisso da Embaixada com a promoção da língua e da literatura italiana no Brasil, destacando o trabalho de uma autora talentosa e em ascensão, residente no país”.
Lançado no último verão europeu no prestigiado Salone del Libro de Turim e já apresentado em cidades como Parma, Nápoles e Roma, o livro chega à capital federal para seu primeiro evento no Brasil
Nascida em Roma em 1984, formada em Letras e Antropologia pela Universidade de Roma La Sapienza e residente em Brasília desde 2011, Chiara Gentile é autora de ensaios publicados no Brasil e na Itália e vencedora de um prêmio literário presidido pela escritora Dacia Maraini. Tempo primo é seu segundo romance, após Sassi (Tarka, 2022).
Nas páginas de Tempo primo, Chiara Gentile apresenta Eloisa Molnar Budai, professora universitária de literatura que, após um episódio marcante, recolhe-se em sua casa em um período de suspensão e introspecção. É nesse intervalo, quando as fronteiras entre silêncio e criação se tornam mais sutis, que ela nota a presença de uma jovem violinista na casa em frente. A partir desse encontro poético e inesperado, a narrativa explora camadas de memória que atravessam cidades como Budapeste, Florença e Roma, conduzindo o leitor por uma reflexão sensível sobre identidade, fragilidade e as forças que moldam a experiência humana.
Entre infância e vida adulta, guerra e perdão, escritura e música, a intensa jornada de Tempo primo tem na voz do violino a sua trilha sonora.
Segundo a autora, o romance investiga como cada pessoa reorganiza a própria trajetória diante de um acontecimento capaz de transformar o sentido de uma existência. “O livro mostra como as dores mais profundas, ao impor um novo ritmo e uma necessidade de repensar-se, abrem espaço para novas formas de sentido”, afirma. “É um retorno ao tempo primo, conceito musical que lembra que, para continuar, às vezes é preciso voltar ao começo.”
Durante o evento foi anunciada a iminente tradução da obra para o português.
