Na manhã de hoje, a Embaixada da Itália em Brasília apresentou as iniciativas já realizadas e os projetos em andamento relativos à sustentabilidade ambiental da sede diplomática. Estiveram presentes representantes da comunidade diplomática de Brasília e do Ministério da Ciência e Tecnologia, professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, membros da Secretaria de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal e operadores do setor da bioeconomia. O público manifestou grande interesse pelas atividades realizadas e os representantes das embaixadas presentes, assim como do mundo acadêmico, expressaram a vontade de iniciar parcerias para colaborar com a Embaixada da Itália na implementação de iniciativas semelhantes e de ações futuras.
Desde 2010, a Embaixada está empenhada no projeto Ambasciata Verde (Embaixada Verde), que visa promover o uso de tecnologias ambientalmente sustentáveis para a produção de energia e para a reutilização das águas residuais. Tendo em vista o potencial da energia solar e a necessidade global de economizar e reutilizar a água, em 2010 a Embaixada da Itália em Brasília decidiu se tornar um laboratório de experiências ecossustentáveis. No teto da Embaixada foi instalado um sistema fotovoltaico composto por 405 painéis, cuja produção de energia é destinada ao autoconsumo da Embaixada (escritórios e residência) e que hoje supre 50% da demanda energética total do edifício. Além disso, nos jardins foi realizado um sistema de fitodepuração das águas residuais.
O processo de tratamento, que termina com o absorvimento das substâncias orgânicas por parte das plantas, devolve uma água de ótima qualidade, que é diretamente reutilizada para a irrigação das áreas verdes da Embaixada.
Todos os anos a Embaixada é visitada por centenas de turistas, arquitetos e técnicos que demonstram um grande interesse em conhecer e reproduzir as soluções adotadas. A experiência da Ambasciata Verde estimulou um processo de emulação por parte de outras embaixadas e foi criado uma equipe de funcionários que, em colaboração com as autoridades locais, se dedicam à implementação de novas metodologias e aplicações rumo à redução do impacto ambiental.
O projeto da Embaixada de Brasília foi a primeira realização no âmbito de um programa ambiental mais amplo, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional italiano, chamado “Farnesina Verde”.
Recentemente, outras iniciativas foram empreendidas com o objetivo de reduzir o impacto das atividades da sede sobre o ecossistema, principalmente no que diz respeito ao tratamento dos resíduos sólidos. A tal respeito, destaca-se o sistema de compostagem, gerenciado diretamente pelo pessoal da Embaixada, que permite a transformação do material orgânico descartado diariamente em substâncias ricas em fósforo e nitrogênio, utilizadas para fertilizar o solo, melhorar a estrutura e a disponibilidade de elementos nutritivos do terreno, em prol das plantas e flores dos jardins. Além disso, todos os materiais recicláveis descartados diariamente, como papel, latas e plástico, são recolhido por uma cooperativa local que gerencia a reciclagem. Desde o começo do projeto até hoje, a Embaixada passou de 0% a 84% de separação correta do lixo. O objetivo é chegar até 95% até o começo de 2020.
Outras iniciativas também estão planejadas para o próximo ano: em particular, a revisão e modernização do sistema fotovoltaico e a instalação de novos e mais eficientes painéis, a fim de garantir a satisfação de 100% da demanda energética da embaixada, e a reorganização da separação do lixo nos escritórios e áreas comuns, para que a Embaixada se torne single-use plastic free até o final de 2020.
Hoje, foi apresentada também a iniciativa “Brasília, capital das orquídeas”, à qual a Embaixada aderiu em setembro deste ano. O projeto, promovido pela associação “Orquidário Brasília”, visa revitalizar e restaurar as áreas turísticas da capital por meio do plantio e cultivo de orquídeas. O objetivo final é tornar Brasília o maior orquidário a céu aberto do mundo e, com base nisso, promover o turismo e a educação para a sustentabilidade socioambiental. Esta embaixada foi escolhida para ser a primeira entre todas as embaixadas de Brasília, devido ao valor arquitetônico do local, que anualmente recebe milhares de visitantes interessados em conhecer o projeto de engenharia de Pier Luigi Nervi e a obra paisagística de Ney Dutra Ururahy. No jardim da Embaixada foram plantadas 500 orquídeas.
Essas iniciativas, além de contribuir significamente ao avanço para a sustentabilidade e a troca das boas práticas relativas, enriquecerão o conteúdo das visitas guiadas que a sede costuma promover de forma gratuita para o público da cidade.