O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, foia a Roma para uma visita oficial nos dias 7 e 8 de maio, realizando uma série de reuniões com o Vice-Primeiro Ministro e o Ministro do Interior, Matteo Salvini, a Ministra da Defesa, Elisabetta Trenta, a Secretária Geral do Ministério das Relações Exteriores, Elisabetta Belloni e com representantes de empresas italianas que operam no Brasil.
A visita foi uma oportunidade para discutir questões de interesse comum, incluindo comércio e investimentos, cooperação nos setores cultural, científico, tecnológico, judicial e de defesa, e questões regionais e globais, com o objetivo comum de reativar a colaboração bilateral em muitos setores-chave para ambos os países.
O Brasil e a Itália têm uma parceria estratégica desde o ano de 2007. Em 2018, houve um crescimento de 7% no comércio bilateral, o qual ultrapassou o valor de 7 bilhões de dólares. Com mais de 1200 empresas presentes, a Itália é um dos principais investidores no País.
Além de importantes relações comerciais, os dois países estão unidos por fortes laços históricos e culturais. No Brasil estão presentes cerca de 30 milhões de Ítalo-descendentes e uma comunidade de italianos residentes no Brasil significativa (quase 1% da população italiana). A Itália e o Brasil sempre destacaram a importância da cultura como ferramenta para promover e consolidar as relações mútuas, especialmente na esfera acadêmica, trabalhando em conjunto para fortalecer os instrumentos de promoção da cooperação acadêmica.
No que diz respeito às questões de alcance internacional, foi sublinhada a convergência de pontos de vista entre a Itália e o Brasil e a colaboração tradicional nos fóruns multilaterais.
A Itália apoia a conclusão das negociações do Acordo de Associação entre o MERCOSUL e a União Européia e, com referência específica à intenção comercial do Acordo, garante sua contribuição ativa dentro da União Européia para chegar a um entendimento mutuamente profícuo, capaz de proteger os interesses estratégicos de ambas as Partes. Em especial, a salvaguarda das indicações geográficas italianas é uma prioridade fundamental, devido ao valor comercial, social e cultural associado ao território, às cadeias produtivas, de destribuição e consumo e aos métodos de produção.
A Itália olha favoravelmente para o processo de expansão da adesão relativa à OCDE, apoiando a aspiração brasileira de entrar a fazer parte da Organização. Há também uma forte convergência de perspectivas sobre os temas da agenda multilateral: nossos Países pretendem ampliar o diálogo e a coordenação em questões como direitos humanos e construção da paz.