O Embaixador da Itália, Alessandro Cortese, inaugurou ontem, na Galeria Karla Osorio, DEFEITO DE IDENTIDADE, a primeira exposição em Brasília do renomado artista italiano Lucio Salvatore. A mostra conta com a curadoria de Marc Pottier, reúne cerca de 40 pinturas criadas nos últimos dois anos, abordando questões ligadas à identidade, natureza, migração e deslocamento.
Lucio Salvatore, artista nascido em Cassino que vive entre o Brasil e a Itália há mais de vinte anos, constrói suas obras, muitas vezes inspiradas na natureza brasileira, como constelações de fragmentos visuais constrói suas obras como constelações de fragmentos visuais — retratos de plantas, imagens históricas e contemporâneas, referências a obras de arte — criando composições densas e multifacetadas. Suas pinturas funcionam como declarações artísticas e políticas, refletindo sobre pertencimento e exclusão. Brasília, cidade onde identidade e poder se entrelaçam, foi escolhida estrategicamente para receber esta exposição.
O Embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, ressaltou a importância do evento no cenário das relações culturais entre os dois países:
“Itália e Brasil compartilham uma conexão cultural histórica e profunda. Muitos dos maiores artistas brasileiros têm ascendência italiana, e, por outro lado, artistas italianos contemporâneos, como Lucio Salvatore, encontram no Brasil um território aberto à arte e à experimentação. É essencial apoiar talentos emergentes que têm muito a expressar e que buscam um diálogo internacional. Estou certo de que o público de Brasília receberá esta exposição com grande entusiasmo.”
Serviço:
- Local: Pavilhão II (Galerias 4 e 5) da Galeria Karla Osorio
- Endereço: SMDB conjunto 31 lote 1B – Lago Sul CEP: 71.680-310
- Período expositivo: 11 de março a 23 de abril de 2025
- Visitação: Segunda a sexta, das 9h às 18h30; sábados, das 9h às 14h30
- Entrada gratuita mediante agendamento prévio por telefone, email, DM no Instagram ou WhatsApp https://karlaosorio.com/
O artista
Lucio Salvatore (1975) é um artista ítalo-brasileiro que vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e Sant’Elia Fiumerapido (Frosinone).
Suas obras fazem parte de diversas coleções públicas, incluindo as do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, do Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói e do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) do Rio de Janeiro. Ele já apresentou seu trabalho em exposições individuais no Museu do Meio Ambiente do Rio de Janeiro (2022), no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro (2021), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (2017-2018), no Palazzo Pamphilj, em Roma (2017), no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo (2011), e no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro (2010, 2014, 2015, 2016), entre outros.
Criado em Sant’Elia Fiumerapido, Salvatore mudou-se para Milão, onde se formou em Economia e estudou Filosofia.
Em 1998 se muda para Caracas e, no ano seguinte, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, cidade que o acolheu e que, junto com Nova York, se tornou o centro de seu crescimento artístico.
A partir da experiência do ser estrangeiro em contextos socioculturais complexos, Salvatore reflete sobre a complexidade como elemento essencial na construção de narrativas inclusivas e emancipadoras. Essa reflexão se manifesta em sua arte, vivida como um processo de autocompreensão.
